Ganhou fama internacional ao dirigir o filme de terror "O Bebê de Rosemary", com Mia Farrow no auge de sua carreira, lançando tendências no mundo com seu cabelo curtinho e estiloso. Mas o filme não deu apenas um 'up' na moda - Roman provou que o gênero terror pode se manifestar no campo do psicológico, aquele que apresenta os maiores monstros, os fantasmas da mente - e não necessariamente através de criaturas horrendas e desfiguradas (basta lembrar que até 1968, ano de lançamento dessa obra-prima, o mundo já tinha visto umas trinta mil adaptações de Drácula e Frankenstein).
Roman apavorou gerações com o demoníaco filho de Rosemary - e ainda há quem jure ter visto seu rosto em determinadas partes do filme. Poderíamos dizer que ele foi o pai do terror psicológico - assim como anos mais tarde, Williem Friedkin seria a mola propulsora do terro explícito com 'O Exorcista'.

Recentemente, o filme 'O Pianista' também fez sucesso ao redor do globo - com as impactantes cenas de crueldade nazista, o intenso teor dramático e a atuação sublime de Adrien Brody, que consagrou-se após o lançamento do longa.
Pouco antes de Rosemary's Baby, Roman fez uma obra fantástica chamada 'Repulsion' - Repulsa ao Sexo, com uma Catherine Deneuve linda e numa obra estranha, inovadora como sempre e muito intrigante. No filme, ela interpreta uma mulher que se esquiva de todos os homens que a paqueram - e a partir de então, passa a ter estranhas alucinações no apartamento que mora. Foi o primeiro filme de terror que Roman fez, talvez no experimentalismo posteriormente formalizado em Bebê de Rosemary.
Roman ainda fez filmes digníssimos de atenção, como Chinatown - com Faye Dunaway também no auge da beleza e Jack Nicholson, num filme noir memorável. 'Lua de Fel' tem fãs apaixonados, com roteiro dramático e único.
Fez ainda uma respeitada adaptação de 'Macbeth', de Shakespeare.

Polanski conseguiu como ninguém imprimir a seus filmes uma marca inconfundível, em filmes às vezes difíceis de se penetrar, numa atmosfera muito particular do diretor. Cul-de-Sac, por exemplo, nos mostra claramente isso: uma trama de humor negro inusitada e muito original, que descamba pro dramático nos últimos 25 minutos.
Particularmente, não gosto de maioria de seus filmes. No entanto, é um dos maiores diretores de cinema ainda vivos - pelo menos da antiga geração de cinema, dos anos 60 - e que, apesar de ter se aventurado por diversos gêneros, nunca apelou para a facilidade dos filmes comerciais e manteve sempre suas características essenciais.
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